O Trecento representa
a preparação para o Renascimento e é um fenômeno basicamente italiano, mais
especificamente da cidade de Florença,
pólo político, econômico e cultural da região, embora outros centros também
tenham participado do processo, como Pisa e Siena, tornando-os a
vanguarda da Europa em termos de economia, cultura e organização social,
conduzindo a transfomação do modelo medieval para o moderno.
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"O beijo de Judas" - Giotto di Bondoni |
O início do século viveu intensas lutas de classes, com
prejuízo para os trabalhadores não vinculados às guildas, e como conseqüência
instalou-se grave crise econômica, que teve um ponto culminante na bancarrota
das famílias Bardi e Peruzzi em torno de 1328-38, gerando uma fase de
estagnação que não obstante levaria a pequena burguesia pela primeira vez ao
poder. Esta situação foi comentada depreciativamente pelos poetas célebres da
época - Boccaccio e
Villani - mas constituiu a primeira experiência democrática em
Florença, durando cerca de quarenta anos. Tumultos políticos e militares, além
de duas devastadoras epidemias de peste
bubônica, provocaram períodos de fome e desalento, com revoltas
populares que tentaram modificar o equilíbrio político e social, mas só
conseguiram assegurar a permanência dos burgueses à testa do governo. Os Médici,
banqueiros plebeus, assumiram a liderança da classe mas logo se revestiram da
dignidade da nobreza, e um sistema oligárquico voltou a dominar a cena
política, muitas vezes se valendo da corrupção para atingir seus fins, mas
também iniciando um costume de mecenato das
artes que seria fundamental para a evolução do classicismo no século seguinte.
Na religião a mudança foi assinalada pela busca, amparada
pela ciência, de explicações racionais para os fenômenos da natureza; por uma
nova forma de ver as relações entre Deus e o homem, e
pela idéia de que o mundo não deveria ser renegado, mas vivenciado plenamente,
e que a salvação poderia ser conquistada também através do serviço público e do
embelezamento das cidades e igrejas com obras de arte, além da prática de
outras ações virtuosas. Deve-se frisar que mesmo com a crescente influência
clássica, que era toda pagã na origem, o cristianismo jamais
foi posto em xeque e permaneceu como um pano de fundo ao longo de todo o
período, criando-se a síntese original que conhecemos hoje.
Durante o Trecento, podemos destacar o legado literário de
Petrarca (“De África” e “Odes a Laura”) e Dante Alighieri (“Divina Comédia”),
bem como as pinturas de Giotto di Bondoni (“O beijo de Judas”, “Juízo Final”,
“A lamentação” e “Lamento ante Cristo Morto”).
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
http://www.brasilescola.com/historiag/renascimento.htm
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
http://www.brasilescola.com/historiag/renascimento.htm
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